Com o avanço da tecnologia e o crescimento das redes sociais, a dinâmica das eleições mudou drasticamente no Brasil. Nos últimos anos, plataformas como Facebook, Instagram e Twitter não são apenas espaços de interação social, mas também campos estratégicos de campanhas políticas, influenciando diretamente a opinião pública e as decisões eleitorais.

Um exemplo recente é o termo "beijo777", que se tornou viral em diversas mídias sociais brasileiras, assumindo um papel inesperado durante as campanhas eleitorais de 2025. Inicialmente associado a um vídeo humorístico, o termo rapidamente se integrou ao discurso político, sendo utilizado tanto para mobilização quanto para desinformação.

Estudos indicam que a popularidade e o compartilhamento massivo de conteúdos em redes sociais podem significativamente influenciar as intenções de voto, principalmente entre os eleitores jovens. A viralização de memes e slogans curtos e atrativos, como "beijo777", intensifica a maneira como mensagens são recebidas e reinterpretadas pelo público.

Além disso, os comentários feitos por influenciadores digitais e figuras públicas sobre candidatos e suas propostas atingem uma audiência extensa e diversificada, potencializando sua capacidade de moldar as percepções eleitorais. O fenômeno também levanta questões sobre a ética e a regulamentação do uso de redes sociais nas campanhas políticas, já que muitas dessas plataformas são usadas de maneira estratégica para espalhar notícias falsas e manipular informações.

Em resposta a essas dinâmicas, especialistas em comunicação e marketing político destacam a importância de políticas que aumentem a transparência e a responsabilização nas campanhas digitais. Isso inclui o fortalecimento do papel dos órgãos regulamentadores e a criação de diretrizes claras para a identificação de conteúdos patrocinados.

À medida que o Brasil se prepara para o segundo turno das eleições, fica claro que a influência das redes sociais, exemplificada por fenômenos como o "beijo777", continuará a crescer, moldando cada vez mais o futuro político do país.